Você vai prá minha terra
Dê lembranças aos meus amigo
E diga prá minha mãe
Não ter cuidado comigo
Diga que eu vivo bem
E que moro na cidade
O que tá me judiando
É a marvada da saudade
Se encontrá por um acaso
A muié que eu mais amei
Não diga que me encontrô
E não conte que eu chorei
Dizem que home não chora
Quem fala não tem razão
Quem disser isso não sabe
Quanto dói a ingratidão
Diga prá minha veinha
Prá vendê minha viola
Que dê um sumiço nela
Ou dê a um pobre de esmola
Eu não posso mais cantá
Até fiz um juramento
Não posso mexê no pinho
Mais aumenta o sofrimento
Sinto saudade da véia
E também dos seus carinhos
Saudade do amanhecê
Do cantar dos passarinho
E diga prá quele povo
Que esta saudade me mata
Eu não vorto mais pra lá
Prá não matá aquela ingrata