Ai, que desgosto, que desventura
Foi acontecer com minha vida
Um pé de pano, tão desumano
Roubou de mim, a minha querida
Fui na casa dela pra ver minha amada
E a triste surpresa me apareceu
Olhei na porta e um susto me deu
Vi um chinelão maior que o meu
Por isso é que eu vou me afogar na bebida
Dá álcool pra mim
Que eu quero afogar a minha tristeza
Dá álcool pra mim
Que hoje eu vou dormir em cima da mesa
Dá mais um lisão
Quem eu mais amava me deixou na fossa
Por um chineludo
Ela me botou uma bola nas costas
Ela confessou, que andava com outro
E eu cégo de amor, não fui perceber
É aí que entra o ditado
Que o escorneado, é o ultimo a saber
Quem vê cara, não ve coração
Na vida nem tudo que é luz é ouro
Aquela que um dia era meu tesouro
Sem dó, me botou, um chapéu de touro
Agora eu quero beber pra esquecer
Pra afastar, a minha tristeza
Eu bato o cartão, dia e noite no bar
Feito uma mosca tonta
Vou perambulando, pra lá e pra cá
Me deixou como um cão sem dono
O que fez pra mim não se faz nem pra um bicho
Ela me trocou por um simples capricho
Jogou o meu amor na lata do lixo
E eu tenho a pinga pra me consolar