Alentejo, Alentejo
Seja onde for
Quanto mais a sul me vejo
Menos eu sinto esta dor
Vou no espírito do vento
Parto de manhã
Deixo atrás o desalento
E o tormento de um não, ai, ai de um não
Ai, ai, ai de um não
Não me venhas com lamúrias
Olha que eu vou chorar
Não te escondas num lamento
Que o tempo passa a voar
Não me contes mais histórias
Dessas de adormecer
Sou Maria, sou Vitória
E a minha história ainda está só, só no amanhecer
Amanhecer, amanhecer
Só, só no amanhecer
Cruzes credo e água benta
P'ra seguirmos a viagem
Sou Maria, sou coragem
De apelido compaixão
Bate, bate coração, pois não
Sou Maria, sou verdade
Haja sempre dignidade e haja saúde
Haja saúde
Se cantares à tristeza
Diz-lhe do meu amor
Que está triste na incerteza
De que lhe deve um favor
Alentejo meu desejo
Onde eu hei-de ser
Logo à noite dá-me um beijo
Que a vida são dois dias e, e passam a correr
Passam a correr, passam a correr
E não param ao passar
Cruzes credo e água benta
P'ra seguirmos a viagem
Sou Maria, sou coragem
De apelido compaixão
Bate, bate coração, pois não
Sou Maria, sou verdade
Haja sempre dignidade e haja saúde
Haja saúde
Cruzes credo, ai Jesus, pesunção e água benta
P'ra seguirmos a viagem
Bate, bate coração
Cruzes credo e água benta
P'ra seguirmos a viagem
Sou Maria, sou coragem
De apelido compaixão
Bate, bate coração, pois não
Sou Maria, sou verdade
Haja sempre dignidade e haja saúde
Haja saúde