4-BEM DEVAGAR
(Guilherme Lacerda)
Bem devagar do jeito que tem que ser
Observando o lugar o modo de plantar o jeito de colher
Vendo a copa das árvores o ninho das aves,
a grama os pomares em todos lugares,
Por todos os ares um brilho constante se faz colorir
A vida se renova e essa é a prova que tudo é perpétuo
Do feto desde o nascimento
Até o momento que chega a hora de partir
REFRÃO
O ocaso pelo horizonte a fonte no vale da vida
A flor que se abre a folha perdida
Voando sozinha planando no ar
Com toda liberdade o mar se revolta e faz correnteza
Trazendo de volta o aroma a pureza
E a certeza que tudo pode melhorar
REFRÃO
Porque uma centena são dez dezenas
Que somam-se as penas e multiplicando se tornam poemas
E como as abelhas fazem um zum-zum-zum
Independentemente desse resultado
Elevado ao cubo e somado ao quadrado
Buscamos no saldo o nosso denominador comum
REFRÃO
Toda a plenitude está na juventude e não na idade
Num vôo tranquilo pela paisagem
De um fim de tarde ou um nascer do Sol
Um belo sorriso, uma brisa amena
Um beijo sincero, a luz refletida, o eterno
Um sustenido um bemol